Ecos do Paradoxo (d100)

d100 Result

1

Você ouve respostas no vazio e responde como se fossem reais.

2

Você insiste que objetos mundanos possuem nomes ocultos e profanos.

3

Você rabisca figuras não‑euclidianas em qualquer superfície plana.

4

Você congela no meio de conversas, encarando o nada.

5

Você sussurra coordenadas de um lugar que não existe.

6

Você tenta constantemente engolir luz.

7

Você conversa com versões futuras de si mesmo, mas nunca se lembra do que disseram.

8

Você vê sombras como pessoas que ainda não decidiram nascer.

9

Você acredita que a realidade é uma metáfora mal escrita e tenta reescrevê-la com gestos.

10

Você tenta medir a passagem do tempo com uma régua invisível.

11

Você sente odores impossíveis que ninguém mais percebe.

12

Você gosta de observar suas próprias pegadas… mesmo em chão liso.

13

Suas palavras desaparecem no ar, deixando ecos.

14

Você faz perguntas a locais vazios, aguardando respostas.

15

Você traduz mentalmente conversas normais em símbolos geométricos.

16

Você recorrentemente chama seu próprio nome e se assusta com a resposta.

17

Você desenha portas em paredes sólidas, mas nunca abre-as.

18

Você afirma que o tempo se esconde em sombras de objetos imóveis.

19

Você argumenta com reflexos sobre qual dos dois é o verdadeiro.

20

Você fecha os olhos e vê as pegadas de palavras não ditas.

21

Você nega sua própria sombra, dizendo que ela mente.

22

Você olha para o céu e sussurra “Eu lembro de quando você caiu”.

23

Você afirma que seu sangue tenta escapar do corpo por saudade.

24

Você acredita que dormir é trair sua forma desperta.

25

Você tenta convencer os móveis a mudarem de forma.

26

Você diz que suas veias sussurram direções para lugares inexistentes.

27

Você considera os ruídos do mundo como linguagem esquecida.

28

Você canta para máquinas esperando que elas despertem.

29

Você diz que suas veias sussurram direções para lugares inexistentes.

30

Você conversa com os espaços entre as letras escritas.

31

Você afirma que seus ossos vibram em frequências de mundos colapsados.

32

Você não acredita no número quatro.

33

Você acredita que seu nome verdadeiro foi esquecido pelo universo, e tenta lembrá-lo toda noite em sonhos.

34

Você escreve cartas para o vento e deixa que ele as leia em silêncio.

35

Você tem um amigo imaginário.

36

Você encontra sentido nos estalos aleatórios das paredes.

37

Você evita sombras porque "elas se lembram".

38

Você crê que já morreu, mas ninguém te contou ainda.

39

Você tenta decifrar conversas entre estátuas.

40

Você lamenta pelas ideias que nunca nasceram.

41

Você evita certos números porque eles “zombam de você”.

42

Você tenta convencer as estrelas de que está acordado.

43

Você afirma que o amanhã já passou.

44

Você acredita que algumas palavras são letais se pronunciadas na ordem errada.

45

Você tem pena dos números usados em cálculos que tendem ao infinito.

46

Você fala com os ossos do seu braço como se fossem conselheiros antigos.

47

Você escreve instruções para si mesmo em idiomas que não conhece.

48

Você cochicha segredos para copos d’água.

49

Você pede desculpas aos espelhos por encará-los.

50

Você tenta ouvir com os olhos e ver com as mãos.

51

Você se recusa a usar certos verbos porque eles "atraem atenção cósmica".

52

Você acredita que o chão é feito de tempo solidificado, e pisa com cuidado para não quebrá-lo.

53

Você mede o tempo em soluços.

54

Você se recusa a atravessar portas que não conhece pessoalmente.

55

Você fala com as suas pegadas antigas, tentando convencer-se a ir por outro caminho.

56

Você desenha mapas de lugares que só existem quando esquecidos.

57

Você anda com as mãos fechadas para não deixar escapar ideias puras.

58

Você responde a perguntas que nunca foram feitas.

59

Você acredita que sua sombra está envelhecendo mais rápido que você.

60

Você tenta soprar pensamentos indesejados como se fossem poeira.

61

Você acha que  é gago.

62

Você coleciona números que “só aparecem quando ninguém está olhando”.

63

Você afirma que seu esqueleto conta histórias enquanto você dorme.

64

Você evita reflexos porque eles “estão tentando roubar quem você é”.

65

Você escuta sua voz com atraso, como se viajasse entre dimensões.

66

Você afirma que o vazio responde — mas só no Domingo.

67

Você tenta convencer sua língua a falar sem você.

68

Você se recusa a vencer qualquer competição, para não atrair muita atenção.

69

Você gira lentamente quando ouve a palavra “entropia”.

70

Você lambe luzes porque “elas estão tristes demais para brilhar”.

71

Você escreve cartas para o amanhã e se ofende quando não há resposta.

72

Você coleciona silêncios constrangedores em potes rotulados.

73

Você acredita que o chão só está lá porque você não o questiona.

74

Você desconfia de escadas — elas “te fazem escolher o alto ou o baixo sem explicações”.

75

Você organiza debates entre seus dedos.

76

Você usa tampões de ouvido para escutar o som do silêncio, remixado.

77

Você tenta ensinar filosofia para pássaros, para que eles "convençam o sol a continuar brilhando"

78

Você tem medo de escutar sua própria risada de trás pra frente.

79

Você tenta desdobrar dobradiças com argumentos metafísicos.

80

Você se recusa a usar vírgulas — “elas me interrompem”.

81

Você declara guerra aos dias ímpares.

82

Você tenta convencer sua respiração a virar poesia.

83

Você acorda todos os dias correndo para despistar a sí mesmo.

84

Você afirma que suas lágrimas contêm profêcias.

85

Você acredita que há palavras que, se ditas em ordem exata, desfazem o tempo — e está sempre tentando acertar.

86

Você acredita que, se parar de falar, o mundo inteiro deixará de existir — então você fala. Sem parar.

87

Você tenta se comunicar só com interjeições e nega que isso seja estranho.

88

Você afirma que, ao dizer algo em voz alta, você o torna menos verdadeiro.

89

Você acredita que o idioma original era feito só de suspiros e risos.

90

Você interrompe qualquer frase no meio, dizendo que “o fim pertence ao silêncio”.

91

Você se recusa a usar a palavra “real” — diz que é um palavrão metafísico.

92

Você acredita que toda conversa é uma negociação com entidades invisíveis.

93

Você recusa palavras com vogais pares, pois “estão em conspiração harmônica”.

94

Você tem medo de números primos porque “estão tramando algo”.

95

Você conversa com frutas, mas só as que rimam com “paradoxo”.

96

Você desenha barulhos e afirma que são retratos fiéis.

97

Você acredita que seus pensamentos estão sendo esculpidos em pedra em algum lugar distante.

98

Você consulta relógios desligados para saber que horas não são.

99

Você tem certeza de que é apenas o sonho de outra pessoa — e teme o despertar.

100

Você não acredita.